TEXTO
ÁUREO
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VERDADE
PRÁTICA
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"Alegrai-vos na esperança, sede
pacientes na tribulação [...]."
(Rm 12.12)
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A paciência, como fruto do Espírito, é um
antídoto contra a ansiedade e as dissensões.
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LEITURA
DIÁRIA
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Segunda - Rm 16.17
Evitando as dissensões
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Quinta - Rm 13.13
Fugindo das contendas e dissoluções
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Terça - 1 Co 1.10
Evitando os que promovem dissensões
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Sexta - Gl 5.20
As dissensões são obras da carne
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Quarta - 1 Co 11.18
Não promover dissensões
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Sábado - Gl 5.26
Não cobiçosos de vanglória
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LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
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Tiago 5.7-11
7 - Sede, pois,
irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso
fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e
serôdia.
8 - Sede vós
também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor
está próxima.
9 - Irmãos, não
vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o
juiz está à porta.
10 - Meus
irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em
nome do Senhor.
11 - Eis que
temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de
Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito
misericordioso e piedoso.
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OBJETIVO GERAL
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Mostrar que a paciência deve ser praticada pelo crente nesses dias
trabalhosos.
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HINOS SUGERIDOS: 84, 193, 427 da Harpa Cristã
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Abaixo, os
objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada
tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus
respectivos subtópicos.
I. Mostrar como Jó é um
exemplo de paciência para o crente.
II. Entender que o crente
deve abandonar toda dissensão.
III. Saber que o crente
deve demonstrar paciência até pela volta de Jesus.
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INTERAGINDO COM O
PROFESSOR
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Professor, a paciência é um fruto do
Espírito inestimável na vida e trabalho do professor de Escola Dominical. É
preciso paciência na preparação - oração, estudo da Bíblia, treinamento e
desenvolvimento. Ela também é necessária durante a ministração da sua aula. O
apóstolo Paulo ensinou Timóteo sobre a necessidade de ministrar com paciência
(2 Tm 4.1,2,5).
Durante suas aulas, busque orar, ensinar, corrigir, incentivar e realizar
todas as outras obrigações que compete ao professor, com toda longanimidade.
A paciência não é transferida de uma pessoa para outra. Ela é produzida em
nós pelo Espírito Santo à medida que lhe permitimos que a imagem de Cristo
seja formada em nós. Toda prova, tentação e demora em sua vida podem ser uma
oportunidade para o Espírito Santo produzir em você o fruto da paciência.
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COMENTÁRIO
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INTRODUÇÃO
A impaciência é uma das características da
vida moderna. As pessoas, a cada dia, estão mais ansiosas, o que contribui
para o aumento das dissensões. Basta ler os noticiários para vermos casos de
brigas e confusões. Muitos desses casos acabam em tragédia e famílias
destruídas. Por isso, podemos de imediato perceber a relevância da lição de
hoje para os nossos dias. Estudaremos a respeito da paciência, como fruto do
Espírito, e as dissensões, como obra da carne.
I - PACIÊNCIA, ATO DE RESISTÊNCIA À
ANSIEDADE
1. A paciência como fruto do Espírito. O termo
paciência no grego é makrothümia e significa
longanimidade, perseverança e firmeza (Hb
12.1). A paciência, fruto do Espírito, nos
habilita a suportar as provações e nos leva a ser complacentes com as
falhas dos outros. Vivemos em um mundo onde as pessoas estão a cada dia mais
ansiosas, mas os que têm esse aspecto do fruto sabem esperar em Deus com
tranquilidade (Sl 40.1). O nosso
maior exemplo de paciência está em Deus. Ele é longânimo para com os homens,
esperando que ninguém se perca (2 Pe 3.9).
Moisés, ao ter um encontro com o Senhor no monte Sinai, declarou:
"Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e
verdade" (Êx 34.6).
2. A paciência e a ansiedade. Muitos
cristãos vivem sofrendo por antecipação, pois se esquecem do que Jesus nos ordenou:
"[...] Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida [...]" (Mt 6.25). A ansiedade é uma perturbação
interior causada pela incerteza, pelo medo. Ela gera angústia e sofrimento,
porém Deus não quer que seus filhos vivam com o coração perturbado, ansioso (Jo 14.1). A paciência, fruto do Espírito,
nos ajuda a enfrentar as lutas e os sofrimentos da vida sem desanimar. Os
sofrimentos não são para nos destruir, mas servem para nos lapidar, para nos
tornar mais pacientes e perseverantes (Hb
12.7-11). Precisamos aprender a esperar com paciência e
tranquilidade em Deus, tendo a certeza de que todas as coisas cooperam para o
nosso bem (Rm 8.28). Lancemos
diante do Senhor tudo aquilo que nos aflige, pois Ele é bom e tem cuidado de
nós (1 Pe 5.7).
3. Jó, exemplo de paciência em meio à dor. Jó é um
exemplo de paciência, fé e persistência diante das tribulações. Ele perdeu em
um único dia seus filhos, seus bens e sua saúde, mas não perdeu a sua fé em
Deus. Em meio à dor de tão grandes perdas, ele declarou: "Porque eu sei
que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra" (Jó 19.25). A fé que Jó tinha em Deus o levou
a esperar com paciência pelo socorro divino. Se você está enfrentando alguma
situação adversa, tenha fé. Não perca a sua paciência e em tudo dê graças,
pois neste mundo tudo é passageiro, até mesmo as aflições (1 Ts 5.18).
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SÍNTESE DO TÓPICO I
É possível vencer a ansiedade através da
paciência. Um exemplo disso é Jó.
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SUBSÍDIO TEOLÓGICO
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"Tiago
começa a carta encorajando os leitores a que aceitem com alegria as provações
que são permitidas por Deus para dar-lhes maturidade. A partir daí, passa a
mencionar as fontes que nos permitem suportar as perseguições duras e
continuadas. Tiago adverte os ricos que oprimem os pobres. Os ricos, que hoje
vivem na opulência, enfrentarão com certeza o juízo por maltratarem os
inocentes (5.1-6). Nesse clima, os
crentes devem ser pacientes, mantendo-se firmes até a Volta do Senhor. A
certeza de que o Juiz está às portas, nos conforta e encoraja (vv.7-9). Entrementes, os crentes podem
encontrar conforto no exemplo de outros. Como em Jó, que viveu no sofrimento
e emergiu da experiência da misericórdia de Deus (vv.10-11).
Na medida em que perseveramos devemos permanecer inabalavelmente
comprometidos em falar e viver a verdade (v.12).
Os crentes também dispõem do recurso da oração. Quando oferecida por uma
pessoa justa, produz efeito grande e poderoso sobre a nossa experiência aqui
e agora (vv. 13-18). Finalmente,
cada um de nós é um manancial para os outros. Quando uma pessoa se extravia
devemos buscá-la e trazê-la de volta para uma vida em consonância com a
verdade de Deus (vv. 19-20)"
(RICHARDS, Lawrence O. Guia do leitor da
Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.875).
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CONHEÇA MAIS
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*"Longanimidade
A palavra
grega makrothumía refere-se à paciência que temos com nosso próximo.
Ser longânimo é tolerar a má conduta dos outros contra nós, sem nunca buscar
vingança. Dentro em breve, os cristãos em Roma passariam por perseguições.
Sob tensão e sofrimento, os cristãos podem vir a ter menos paciência uns com
os outros, de modo que Paulo conclama: 'Sede pacientes na tribulação' (Rm 12.12). Ao ensinar sobre os dons, Paulo
inicia tratando da paciência com pessoas e termina com a paciência nas
circunstâncias (1 Co 13.4,7).
Para conhecer mais, leia Teologia Sistemática: Uma
perspectiva Pentecostal,
CPAD, p. 489.
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II - DISSENSÕES, RESULTADO DA IMPACIÊNCIA
1. Exemplos bíblicos de impaciência. A falta de
paciência sempre é perigosa, pois nos faz tomar atitudes erradas e a falar o
que não devemos. Na Bíblia encontramos exemplos de pessoas que foram
extremamente pacientes e impacientes. A primeira da lista é Sara. Devido à
sua esterilidade e idade avançada, ela é tomada pela impaciência e decide
agir por conta própria, oferecendo sua escrava Agar a Abraão para que ele
tivesse um filho com a escrava (Gn 16.1-4).
Esperar com paciência até que as promessas de Deus se cumpram não é fácil.
Por isso, precisamos estar cheios do Espírito Santo a fim de que não venhamos
a tomar decisões por nossa conta (Ef 5.18).
Outro episódio de impaciência e que serve de lição para nós é o caso de Saul.
O Senhor havia ordenado que Ele ficasse em Gilgal até a chegada de Samuel (1 Sm 13.1-9). Saul esperou durante sete
dias, mas depois perdeu a paciência e ofereceu ele mesmo os holocaustos. Essa
era uma tarefa exclusiva dos sacerdotes (Hb
9.7). O texto bíblico afirma que, acabando ele de oferecer
sacrifício, Samuel chegou (1 Sm 13.10).
A impaciência de Saul e a sua desobediência o levaram a perder o trono e a
alma (1 Sm 13.11-14).
2. Deixe de lado toda dissensão. Se em uma igreja há brigas e divisões, isso
mostra que os crentes são carnais (1 Co 3.3).
Quem é guiado pelo Espírito não incentiva e nem faz parte de discussões e
contendas. Quantos ministérios já foram despedaçados e as ovelhas dispersadas
por causa de contendas. Paulo, em Romanos
16.17, exorta os crentes a ficarem atentos àqueles que estavam
promovendo dissensões e escândalos a fim de se apartarem deles. Não se
associe com aqueles que promovem disputas.
Siga a recomendação de Paulo e fuja destes. Onde há dissensões não existe
vencedor, pois todos saem perdendo. Jesus disse que todo reino dividido não
subsistirá, por isso, tenhamos cuidado (Mt
12.25).
Ser paciente e manso não é um sinal de
fraqueza como alguns erroneamente acreditam, mas paciência e mansidão são
exemplos de força e maturidade.
3. Evitando o partidarismo. Em toda a
forma de partidarismo, existe sempre interesses que visam apenas o bem de
alguns. O partidarismo quebra a unidade da igreja e impede a presença de
Deus. Jesus não morreu na cruz por uma igreja dividida, mas para formar um só
corpo a fim de que os perdidos possam se voltar para o Pai (Jo 17.21). Que venhamos a fazer todo o
possível para manter o vínculo da paz, e não deixar que as disputas e
partidarismos venham macular a Igreja do Senhor.
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SÍNTESE DO TÓPICO II
A dissensão é uma situação que pode se
instalar rapidamente entre as pessoas quando prevalece uma atitude
desagradável.
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SUBSÍDIO HISTÓRICO
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"Ainda
sois carnais (Tg 3.3)
A palavra aqui é sarkitos, que significa
'carnal' ou 'da carne'. Embora possuam o Espírito, os coríntios não viviam
pelo Espírito; sua perspectiva e comportamento expressam a natureza
pecaminosa da humanidade.
Embora a
tradução da NVI como 'mundanos' seja inadequada, ela nos lembra uma verdade
importante. As coisas mundanas não são apenas aquelas que os cristãos 'não
devem fazer', tais como fumar, beber, etc. as coisas mundanas estão
relacionadas com 'agir como meros homens' (3.3),
movidos pelos impulsos egoístas que guiam a humanidade perdida"
(RICHARDS, Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.328).
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III - PACIÊNCIA, PROVA DE ESPIRITUALIDADE E
MATURIDADE CRISTÃ
1. Pacientes até a volta de Jesus. Tiago consolou
os irmãos que estavam sofrendo com a opressão dos ricos injustos, afirmando
que a vinda de Jesus estava próxima. Se você está sofrendo e enfrentando
alguma situação de injustiça, não se desespere, pois em breve Jesus voltará e
dará fim a toda a dor, sofrimento e injustiça (Tg
5.7). Um dia todo sofrimento chegará ao fim, pois o Justo Juiz
voltará para julgar toda a injustiça. Para fazer os irmãos crescerem em
esperança e longanimidade, Tiago utiliza também o exemplo do agricultor. O
lavrador cultiva a terra e lança nela a semente, mas ele precisa esperar com paciência até que a semente
germine, a árvore cresça e apareçam os frutos.
2. Quando a paciência é provada. Sabemos que
existem momentos em que a nossa paciência e fé são testadas, mas quem
acredita e aguarda a vinda gloriosa de Cristo não se exaspera. O Senhor prova
a paciência e a fé dos seus filhos. Ele provou a paciência e a fé de seu
amigo, Abraão. O patriarca teve que esperar muitos anos até que a promessa de
ter um filho com Sara se cumprisse. Depois, ele foi novamente provado quando
o Senhor pede que ele lhe ofereça Isaque em holocausto (Gn 22.2,3).
Se você está sendo provado, não desanime, permaneça firme no Senhor (1 Pe 1.6,7).
3. Maturidade cristã. A paciência é
uma característica da maturidade e do crescimento espiritual. O crente que
não ora, não jejua e não medita na Palavra de Deus não pode alcançar a
maturidade cristã. Sem disciplina, o crente permanece imaturo (Ef 4.14). Infelizmente, muitos estão
sofrendo de "raquitismo espiritual". Estes, além de não
experimentarem um desenvolvimento espirital saudável, estão sempre envolvidos
em confusão, pois são impacientes. O crente maduro permanece firme diante das
perseguições e aflições. Tomemos como exemplo os profetas do Antigo
Testamento, pois alguns deles sofreram
terríveis perseguições por causa do nome do Senhor. Jeremias muito sofreu,
mas permaneceu firme, não perdendo sua esperança e crendo nas misericórdias
de Deus (Lm 3.21,26).
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SÍNTESE DO TÓPICO III
A paciência como fruto do Espírito nos
ajuda em nossa espiritualidade enquanto aguardamos a volta de Cristo.
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SUBSÍDIO TEOLÓGICO
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"A
'paciência' (makrothumia) é seguramente o fruto que torna o homem
semelhante a Deus. Como ocorre em outros termos, esta é característica de
Deus; e do homem, segundo Deus quer que ele seja. Como Deus é paciente com os
homens, então eles são pacientes nEle, tanto quanto em relação a seus
semelhantes; pois as circunstâncias e os acontecimentos estão nas mãos de
Deus.
Esta virtude
bíblica vital não deve ser confundida com mera disposição tranquila, que permanece
impassível diante de toda e qualquer perturbação. Tal modo de vida é mais uma
característica nativa da personalidade do que uma qualidade do espírito.
Longanimidade é exatamente o que a palavra sugere: ânimo longo, firmeza de
ânimo, constância de ânimo, alguém que permanece animado por muito tempo sem
se deixar abater. Sua essência primária é a perseverança (Desistir? Nunca!),
suportando as pessoas e as circunstâncias. Como Deus é longânimo para conosco
(cf. 1 Tm 1.12-16), assim devemos
ser longânimos para com nossos semelhantes (Ef
4.2), nunca admitindo a derrota por mais que os homens sejam
irracionais e difíceis (cf. 1 Ts 5.4). É este tipo de paciência que reflete
verdadeiramente o amor cristão (agape; cf. 1
Co 13.4). Tal amor paciente não é nossa realização. É o trabalho
de Deus no coração dos homens, pois é o fruto do Espírito" (Comentário Bíblico Beacon - Gálatas a
Filemom. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.75).
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CONCLUSÃO
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Que venhamos
crescer em graça e sabedoria, buscando desenvolver o fruto do Espírito e
deixando de lado toda discussão e partidarismo, pois em breve o Senhor Jesus
voltará. Os que primaram por uma vida cheia do Espírito Santo receberão o seu
galardão. Cultivemos o fruto do Espírito.
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PARA REFLETIR
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A respeito da
paciência, evitando as dissensões, responda:
·
O que significa o termo paciência?
Longanimidade, perseverança e firmeza.
·
Segundo a lição, o que é ansiedade?
Uma perturbação interior causada pela incerteza, pelo medo.
·
Cite um exemplo bíblico de homem paciente.
Jó é um exemplo de paciência, fé e persistência diante das tribulações.
·
O que a impaciência e desobediência de Saul
lhe causaram?
A perda do trono e da alma.
·
Cite o exemplo de um profeta do Antigo
Testamento que se manteve paciente e esperançoso mesmo diante da dor e do
sofrimento.
Jeremias. |
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