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EVENTOS

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Lição 7 - José: Fé em Meio às Injustiças

- Lição 7 -
13 de NOVEMBRO de 2016

José: Fé em Meio às Injustiças
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TEXTO ÁUREO
"E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...]." (Gn 39.2)
VERDADE PRÁTICA
No enfrentamento de uma crise, a sabedoria divina é indispensável.
LEITURA DIÁRIA
Segunda - Gn 37.3,4: Uma túnica colorida e a crise de inveja
Terça - Gn 37.6-8: Um sonho e o início de várias crises
Quarta - Gn 37.22: Um plano perverso e a crise da cova
Quinta - Gn 37.28: Da crise da cova para a crise da escravidão
Sexta - Gn 39.20: Da crise da escravidão para a crise do cárcere
Sábado - Gn 39.21: A bênção de Deus e a sua benignidade em tempos de crise
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
 Gênesis 37.1-11
1 - E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã.
2 - Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai.
3 - E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores.
4 - Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente.
5 - Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.
6 - E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado:
7 - Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho.
8 - Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras.
9 - E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.
10 - E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra?
11 - Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.

OBJETIVO GERAL
Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.
HINOS SUGERIDOS: 46, 186, 609  da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I.      Apontar os sonhos de José e as crises que ele teve que enfrentar;
II.     Ressaltar a crise da cova e da escravidão na vida de José;
III.    Enfatizar a sabedoria de José para administrar as crises.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR
José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha um plano na vida dele e esse projeto lhe foi revelado, pelo Senhor, por intermédio de alguns sonhos. É importante ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os planos de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou aquilo que era para ele com seus irmãos e seu pai no momento errado.
Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os seus sonhos. Com certeza, eles perceberam que Deus iria colocar José em uma posição de destaque na família. José tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem o afastaram de Deus. Elas contribuíram para moldar o caráter do jovem e prepará-lo para o palácio de Faraó. Se você está enfrentando algumas crises, assim como José, não desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o afaste de Deus. Quem sabe o Senhor não esteja forjando o seu caráter e o preparando para algo especial? 
INTRODUÇÃO
A história de José é uma das mais belas registradas nas Escrituras Sagradas. É uma história que mostra o amor de um pai, a rejeição e a inveja dos irmãos e a beleza dos sonhos de um jovem. São 13 capítulos que revelam os desígnios de Deus na história de Israel. Nesta lição, estudaremos a respeito das crises enfrentadas por José e a sua atitude diante de cada uma delas. Veremos que José nos deixou preciosas lições que nos ensinam como nos conduzir nas mais difíceis situações. As adversidades na vida de José contribuíram para que as promessas feitas a Abraão se cumprissem fielmente (Gn 13).
A vida de José é um exemplo eloquente da provisão divina
PONTO CENTRAL
Deus concedeu a José sabedoria para administrar crises.
I – DOIS SONHOS E MUITAS CRISES
1. A família de José.
Jacó era o pai de José, e sua família era constituída pelos filhos de Lia e os dois filhos de Raquel, José e Benjamim (Gn 30.22-24; 35.16-18).
Levemos também em conta os filhos das servas Zilpa e Bila. Jacó amava José e lhe presenteou com uma túnica colorida. Essa túnica de várias cores revelava uma posição de favoritismo (Gn 37.3). O favoritismo de Jacó por José gerou algumas crises na família. Uma família dividida não pode resistir às crises. Por isso, ame os seus filhos de modo altruísta, e igualitário,  evitando qualquer tipo de preferência.
José, o décimo segundo filho de Jacó, o primeiro filho de Raquel, foi o instrumento nas mãos do Senhor para que se iniciasse a transformação do c de Jacó, que tinha setenta pessoas (Cf. Ex.1:5), em uma nação que, quando saiu do Egito, tinha seiscentos mil homens em condições de ir à guerra, fora as mulheres e crianças (Cf. Ex.12:37).
Depois de ter finalmente entrado no centro da vontade de Deus, Jacó teve a ocorrência de dois fatos que marcariam o seu comportamento dali para a frente, quais sejam, a morte de Raquel no parto do seu último filho Benjamim (Gn.35:16-21) e a desonra sofrida por parte de seu primogênito, Rúben, que se deitou com a concubina de seu pai, Bila (Gn.35:22).

2. A inveja dos irmãos de José.
O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja e o ódio? Existem duas razões principais. A primeira está no fato de José denunciar ao pai as más ações cometidas por seus irmãos. Certamente os irmãos viam José como um traidor. A segunda razão estava no fato de José ser um sonhador. Em seus dois sonhos, José aparecia em uma posição de honra. É importante ressaltar que, embora a família de Jacó estivesse enfrentando a crise do favoritismo, do ódio, da inveja e da falsidade, ela era parte dos desígnios de Deus para a formação de um grande povo. Deus não pensa como nós e não julga segundo os critérios humanos. Sua justiça e seus desígnios são perfeitos, embora sejamos injustos e imperfeitos.
Jacó, diante desta circunstância, passou a demonstrar uma predileção pelo seu filho José. O ato de Rúben, extremamente grave, gerou no velho patriarca a convicção de que não era ele aquele a quem se transferiria a bênção de Abraão. Os seus dois outros filhos mais velhos, Simeão e Levi, também haviam cometido horrendo pecado, matando os siquemitas (Gn.34), de sorte que o patriarca, lembrando do que ocorrera com ele mesmo, passou a acalentar a ideia de que a bênção de Abraão haveria de ser transferida a José, o primogênito de Raquel, que, afinal de contas, era a mulher amada por Jacó.

3. Os sonhos de José (Gn 37.7,9).
Certa noite, Deus deu a José um sonho, e moço precipitadamente contou seu sonho a seus irmãos. Nem sempre podemos partilhar todos os nossos sonhos. Alguns devem ser guardados no coração até que se cumpram integralmente. José tornou a sonhar e, mais uma vez, relatou o sonho aos irmãos e ao pai. Os sonhos de José foram dados pelo Senhor, e um dia se cumpriram fidedignamente. Se Deus tem dado a você um sonho, guarde-o em seu coração e aguarde, pois no tempo do Senhor se cumprirá.
José era um rapaz muito correto e, por ser mais novo que seus irmãos, com exceção de Benjamim, sofreu muito menos as nefastas consequências da má educação que a família de Jacó tinha tido enquanto esteve em Padã-Arã. Ele e Benjamim, certamente, foram os que mais se beneficiaram com a purificação da família ocorrida antes de irem a Betel, ainda em Siquém (Gn.35:1-7), purificação esta que foi consolidada com a morte de Débora, a ama de Rebeca e que tinha sido a pessoa responsável pela adoção, por parte dos filhos de Jacó, da cultura arameia.
José, diante desta formação mais intensa na doutrina e admoestação do Senhor, trazia ao seu pai Jacó informações da conduta nada agradável de seus irmãos (Gn.37:2) e, como Israel (Jacó) amava a José mais do que a todos os seus filhos (Gn.37:3), tais notícias fizeram com que a predileção por José se aguçasse ainda mais, a ponto de Jacó, imprudentemente, ter confeccionado uma túnica de várias cores e a presenteado a seu filho predileto.
SÍNTESE DO TÓPICO I
José revelou seus dois sonhos a sua família e logo teve que enfrentar algumas crises.
SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor inicie o tópico fazendo a seguinte indagação: "Quem sabe os nomes de todos os filhos de Jacó?" Incentive a participação de todos e ouça as respostas com atenção. Em seguida reproduza o esquema abaixo no quadro. Mostre aos alunos a família de Jacó e ressalte que as promessas que Deus fez a Abraão foram passadas a Jacó e seus descendentes, por isso, Deus usou José para preservar sua família da fome e da morte. Da semente de Abraão nasceria aquEle que abençoaria todas as famílias da Terra, Jesus Cristo.
Extraído de Guia do Leitor da Bíblia. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 44.
CONHEÇA MAIS
Fome no Egito
Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.46. 
II - A CRISE DA COVA E DA ESCRAVIDÃO
 1. José é vendido como escravo (Gn 37.27,28).
Certo dia, os irmãos de José levaram os rebanhos até Siquém. José foi até lá para ver se tudo estava bem. Mas chegando ali, descobriu que seus irmãos tinham ido a Dotã. Quando os irmãos de José viram que ele vinha se aproximando, decidiram matá-lo. 
O plano era matar José e, depois, dizer ao pai que um animal selvagem o havia matado. Os irmãos de José tinham uma mente perversa, maligna. Mas Rúben não aceitou tal ideia e aconselhou aos irmãos a jogar José em uma cova. Rúben planejava resgatar o irmão. Porém, Judá também teve uma ideia: "Vendê-lo como escravo."Assim, os irmãos tiraram José da cova e o venderam como escravo aos mercadores por vinte moedas de prata. Os irmãos de José tomaram sua túnica e a mancharam com o sangue de um animal.  O objetivo era enganar a Jacó. Eles fizeram seu pai chorar e sofrer muito. O ciúme e a inveja sempre produzem tristeza e dor na família.
- Os ismaelitas foram para o Egito e levaram José consigo, após tê-lo adquirido por vinte moedas de prata e, no Egito, o puseram à venda e José foi comprado por Potifar, capitão da guarda de Faraó (Gn.38:36; 39:1). O texto diz que Potifar era “eunuco”, palavra que poderia tanto significar um alto funcionário quanto a própria circunstância de ser uma pessoa castrada (normalmente, os altos funcionários dos reis eram castrados para evitar que tivessem relacionamento íntimo com as mulheres e concubinas do rei).
- Apesar de toda aquela situação tão adversa e inexplicável, José não deixou de ter comunhão com Deus e, mesmo sendo um escravo, mesmo tendo sido traído por seus irmãos, José se manteve fiel a Deus e o Senhor era com ele, de tal modo que prosperou na casa de Potifar e tudo quanto José fazia o Senhor prosperava na sua mão (Gn.39:2). Lembramos aqui do que diz o salmista no Sl.1, dizendo que aquele que medita de dia e de noite na Palavra do Senhor e tem prazer na Sua lei será bem-aventurado e tudo quanto fizer prosperará (Sl.1:1-3). 
- Os “sonhos” de José não eram desejos de José, nem tampouco fruto de anseios seus, mas uma demonstração da presciência divina, uma eloquente manifestação da Divina Providência, de modo que não pode dar base a este irresponsável e antibíblico triunfalismo.

 2. José na casa de Potifar.
José foi comprado pelos mercadores e levado ao Egito. Chegando ali os mercadores o venderam a Potifar, um dos oficiais de Faraó. No entanto, Deus estava com José na cova e também no Egito. O Senhor não nos abandona diante das situações adversas. José alcançou graça e favor aos olhos de Potifar e este o colocou sobre tudo que possuía. 
- Muitos triunfalistas irresponsáveis têm tomado a história de José para apregoar as mentiras da confissão positiva, fazendo questão de usar a vida de José como uma prova de que “os sonhos se tornarão realidade”, que não podemos “abrir mão dos nossos sonhos”, que “Deus há de cumprir nos nossos sonhos”. No entanto, deixam de dizer ao povo o que realmente a Bíblia diz: José teve, sim, sonhos proféticos, mas viveu agruras imensas, mas, seja como filho predileto na casa de seu pai, seja como escravo na casa de Potifar, ele se mantinha o mesmo, fiel ao Senhor e observador da Sua lei. Havia comunhão entre o Senhor e José, independentemente das circunstâncias vividas por José sobre a face da Terra

3. José prosperou na casa de Potifar.
José foi elevado à função de mordomo, gerindo todos os negócios da casa de Potifar, que prosperou grandemente, pois Deus era com o jovem. Ele poderia ter deixado que a mágoa e a tristeza lhe dominassem o coração, mas manteve-se puro. José é um exemplo de superação em meio às crises, pois não permitiu que a sua fé  em Deus fosse abalada diante das circunstâncias adversas.
- Deus fez José prosperar na casa de Potifar, pois o objetivo divino não era que José permanecesse naquela casa, mas, sim, que viesse a governar o Egito para, por seu intermédio, levar o clã de Jacó para se tornar a grande nação que prometera a Abraão. Mas, se esta era a vontade de Deus, algo que José ainda não sabia, o fato é que, por ser fiel a Deus, José passou a fazer o que lhe era mandado na casa de Potifar. Deus fez prosperar José, mas José também sempre fez o que lhe era mandado. Deus prosperava o que José fazia. Temos feito algo para que o Senhor possa prosperar? Não nos esqueçamos do que diz o pregador: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma” (Ec.9:10).
 - O resultado do trabalho fiel e dedicado de José, com as bênçãos do Senhor, foi que Potifar percebeu o valor daquele jovem, que contava com apenas 17 anos quando foi para o Egito, e o acabou constituindo como seu mordomo, ou seja, como o principal servo, entregando na sua mão tudo quanto tinha (Gn.39:4). 
Deus estava com José, mas a crise mais uma vez o alcança. A mulher de Potifar, que não tinha escrúpulos nem decência, procurou seduzi-lo. Mas ele era fiel a Deus e ao seu patrão. Por isso, rejeitou a proposta da mulher que, com raiva, armou-lhe uma cilada, acusando-o de sedução (Gn 39.14-18). Potifar ouviu a acusação mentirosa de sua esposa contra José e o mandou para a prisão, onde estavam os oficiais de Faraó. José venceu a tentação, mas foi para a prisão.
- José era formoso de parecer e formoso à vista e seu progresso logo aguçou a mulher de Potifar, que passou a desejá-lo, iniciando um assédio ao mordomo de seu marido. José, no entanto, fiel ao Senhor, não aceitou as ofertas trazidas por aquela mulher. Não era fácil para um jovem, cheio de virilidade, resistir a este assédio, até porque tudo indica que aquela mulher, pela própria posição social que ocupava e por se tratar de uma egípcia, com acesso a todas as formas de embelezamento existentes naquela época, deveria ser extremamente atraente. 
- José, porém, tinha um firme propósito de servir a Deus, de Lhe ser fiel, como também a seu senhor. A mulher de Potifar, que a tradição judaica diz que se chamava Zuleica, então urdiu um plano para ficar a sós com José. Estando só com José, quis forçá-lo a manter relações sexuais com ela, mas José fugiu dela, não aceitando trair o seu senhor e mantendo a sua castidade. A mulher de Potifar ficou apenas com o vestido de José e, diante do malogro de seu plano, acabou por mentir, dizendo a Potifar que José a havia tentado abusar, mostrando o vestido de José como prova (Gn.39:7-18). 
- José traz-nos uma importante lição neste episódio, máxime para os jovens. Devemos manter a castidade, ou  seja,  a  pureza  sexual,  jamais  praticando  o  sexo  antes  ou  fora  do  casamento.  José  tinha  tudo, humanamente falando, para ceder aos encantos da mulher de Potifar, mas preferiu ser fiel ao Senhor. José fugiu da tentação sexual, pois de tal pecado, que é contra o próprio corpo, devemos fugir. Por isso, aliás, o apóstolo Paulo nos manda fugir da prostituição (I Co.6:18). 
- Nos dias difíceis em que estamos a viver, quando aumenta consideravelmente a imoralidade sexual, devem os jovens cristãos fugir disto, evitando, assim, ambientes e situações que favoreçam a sensualidade e levem à queda por descontrole da libido, dos instintos sexuais, já que há um verdadeiro bombardeio satânico para estimular e incentivar tais práticas. José ensina-nos que só fugindo de tais situações poderemos nos manter puros para que vivamos a vida sexual nos limites e parâmetros determinados pelo Senhor à humanidade. 
SÍNTESE DO TÓPICO II
José teve que enfrentar a crise da cova e da escravidão, mas Deus estava com ele. 
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
 O silêncio de José, a fome e a mulher de Potifar
Muitos tomam José como um tipo de Cristo: uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberavam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de Cristo perante os juízes (cf. Is 53.7; 1 Pe 2.23).
O contraste entre Judá e José é forte (Gn 39.15,16). Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu Senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos levou a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como José"  (RICHARDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, pp. 45,46). 
III - SABEDORIA PARA ADMINISTRAR A CRISE
 1. José é abençoado por Deus na prisão (Gn 39.21-23).
José foi injustamente lançado na prisão, porém Deus estava com ele e o ajudaria mais uma vez. Havia um propósito maior para a sua vida. Esse propósito já havia sido revelado em seus sonhos. Ele sabia que, de algum modo, Deus cuidaria da sua vida na prisão. Ali, José alcançou graça aos olhos do carcereiro. A mão de Deus estava estendida para abençoá-lo. Por isso, por onde ele passava era bem-sucedido.
- Neste episódio, vemos, uma vez mais, a manifestação da Divina Providência, pois tudo demonstrava que a atitude de Potifar seria, realmente, mandar matar José. Mas Deus não o permitiu. Era Deus no pleno controle da criação das condições para transformar Israel em uma nação. 
- Ficamos a imaginar como estava a mente de José nesta situação. Depois de vendido por seus irmãos como escravo, agora tinha novo infortúnio. Acusado falsamente pela mulher de seu senhor, agora se via no rcere, preso por um crime que não havia cometido. Como deixar de fazer o cotejo entre os sonhos que tivera e sua miserável situação? Entretanto, mesmo no cárcere, mesmo injustiçado, o texto bíblico diz que o Senhor estava com José e estendeu a Sua benignidade, a ponto de, a exemplo do que havia ocorrido na casa de Potifar, ter achado graça aos olhos do carcereiro-mor. José tornava-se, assim, um mordomo do carcereiro- mor, passando José a fazer tudo o que se fazia ali na casa do cárcere, tendo, nas suas mãos, todos os presos do rei. Mais uma vez o Senhor prosperava o que José estava a fazer (Gn.39:21-23).

2. José e os dois oficiais de Faraó.
José foi sustentado na prisão pela benignidade de Deus. Ali, ele encontrou dois presos que serviram a Faraó, um copeiro-mor e um padeiro-mor. Certo dia, ambos tiveram um sonho. Eles contaram a José o que haviam sonhado, e este interpretou o sonho deles. Ao  copeiro-mor José disse que dentro de três dias ele seria chamado para servir a Faraó novamente. Ao padeiro-mor, disse que, dentro de três dias, seria executado. Tudo aconteceu do jeito que José havia dito.
- Os anos se passaram e José já contava com vinte e oito anos de idade, treze anos no Egito. Um dia, estava a fazer o seu serviço, quando dois altos oficiais de Faraó que ali estavam aprisionados, o padeiro-mor e o copeiro-mor de Faraó, tiveram um sonho, que os deixou perturbados. José notou que estavam atribulados e lhes perguntou o porquê daquela perturbação. Nesta pergunta de José, vemos como o jovem era uma pessoa que se compadecia dos outros, tendo aqui mais um traço que põe José como figura de Cristo Jesus. 
- Os dois prisioneiros, então, contaram o sonho para José. O copeiro-mor foi o primeiro que contou o sonho, dizendo que sonhara com três sarmentos numa vide, que brotavam, davam flores e frutos e os cachos madureciam e que o copo de Faraó estava n sua mão e tomava as uvas e as espremia no copo de Faraó e dava aquele copo a Faraó. José, então, interpretou o sonho dizendo que, dentro de três dias, o copeiro-mor seria restaurado à sua função (Gn.40:9-13). 
- Animado com a interpretação do sonho do copeiro-mor, o padeiro-mor também contou o seu sonho, que eram três cestos brancos que estavam sobre a sua cabeça, sendo que no cesto mais alto havia os manjares de Faraó e as aves do céu comiam do cesto sobre a sua cabeça. José, então, interpretou o sonho dizendo que, dentro de três dias, o padeiro-mor seria morto por ordem de Faraó e as aves do céu comeriam da sua carne (Gn.40:17-19).

 3. Da prisão ao palácio de Faraó (Gn 41.1-8).
Faraó também teve dois sonhos que o perturbaram muito. Os egípcios acreditavam que os sonhos eram presságios de situações boas ou ruins e o rei não conseguiu compreender o significado dos seus sonhos. Por isso, convocou seus magos e astrólogos para que os interpretassem, mas nenhum deles conseguiu convencê-lo com suas interpretações (Gn 41.8). 
Então, o copeiro-mor lembrou-se de José e falou a Faraó a respeito do que havia acontecido com ele e com o padeiro-mor. Faraó ordenou que trouxessem José à sua presença. Quando ele chegou perante o rei, com humildade e temor a Deus, ouviu os sonhos e disse que estes se resumiam em um. O Egito passaria por um período de sete anos de grande fartura e depois um período de sete anos de escassez. Então, José orientou Faraó para que encontre um homem sábio a fim de encarregá-lo de ajuntar alimento para os tempos de crise. Assim o rei teria alimento para enfrentar o tempo de crise. Faraó, impressionado com a sabedoria de José, viu que ele seria o homem certo para gerenciar os tempos de fartura e de crise, e nomeou José governador do Egito. 
Aprendemos com José que o sofrimento pode moldar nosso caráter e levar-nos a ser bem-sucedidos em todas as áreas de nossas vidas. Os sofrimentos nos ensinam a lidar com circunstâncias adversas. Cada episódio na vida de José fazia parte dos desígnios de Deus.
- Depois de treze anos de agruras e sofrimentos, José era guindado da casa do cárcere à condição de governador do Egito. Era tão somente apenas o começo do cumprimento dos sonhos proféticos que José tivera. 
-  Imensa  demonstração  da  Divina  Providência.  Como  alguém  recém-saído  do  cárcere,  estrangeiro, escravo, torna-se o governador do Egito de um momento para outro? Somente por ação divina, direta e imediata! 
- Neste episódio, também, vemos aqui mais uma demonstração de que José é tipo de Jesus Cristo. Assim como José foi guindado da casa do cárcere para ficar junto ao trono de Faraó, o Senhor Jesus da mansão dos mortos foi guindado até o trono do Pai nos céus (Cf. At.3:18,20,21); assim como José recebeu toda a autoridade  da  parte  de  Faraó,  o  Senhor  Jesus  também  recebeu  todo  o  poder  nos  céus  e  na  terra (Cf.Mt.28:18); José recebeu o nome de Zafenate-Paneia, ou seja, “o salvador do mundo”, prefigurando Aquele que seria o Salvador da humanidade, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
- O que aconteceu com Jacó também acontece conosco. Há circunstâncias em nossa vida tão adversas, tão terríveis que, se olharmos para elas, certamente desfaleceremos em nossa fé. Ao fazermos um cotejo entre as promessas de Deus e a o que estamos a passar, não vemos como vislumbrarmos o cumprimento daquilo que foi dito pelo Senhor. No entanto, devemos andar por fé e não por vista (Cf. II Co.5:7) e, nestes instantes, temos de pedir ao Senhor que acrescente a nossa fé, não se deixando abalar, pedindo a Deus que sejamos como os montes de Sião (Sl.125:1).
- José, no ápice de sua vida, teve a completa compreensão a respeito da Divina Providência e, a partir desta constatação, pôde entender que Deus estava no pleno controle de todas as coisas e que haveria, mesmo, de cumprir as promessas feitas a Abraão. A provisão divina gerou em José um aumento de fé e de esperança. 
- Assim termina o livro de Gênesis, com a morte de José, mas não somente a sua morte, mas a fé e a esperança do governador do Egito de que a promessa feita por Abraão se cumpriria e que estava a nascer a nação da qual viria Aquele que tornaria todas as famílias da terra bendita. Gênesis termina com a certeza de que Deus haveria de redimir a humanidade e que o plano original de Deus, aparentemente transtornado com a entrada do pecado no mundo, haveria de prevalecer. 
SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus é a fonte de toda sabedoria. Ele nos concede sabedoria para administrar as crises.
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela população. Em seguida, mudou-lhe o nome para Zafenate-Paneia, que quer dizer 'abundância de vida ou o deus fala e vive'. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da cidade sacerdotal de Om. José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi vencido por ele. 
[...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer. Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado Manassés, 'que esquece', como testemunho de que Deus havia apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José os anos de trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi chamado Efraim, 'dupla fertilidade', como testemunho das providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição. 
Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito estava preparado com uma grande provisão de alimentos armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de provisões segundo um plano já em execução. As pessoas tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados e, assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e foram comprar alimentos" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 114,115). 
CONCLUSÃO

Todas as dificuldades pelas quais passamos, quando estamos no plano divino, são para nos ensinar. Deus preparou o espírito de José para as crises que enfrentaria e para que pudesse desfrutar de uma posição privilegiada no Egito. José não se esqueceu de que Deus estava com ele, não só nas humilhações, mas também quando exaltado diante dos homens. 
PARA REFLETIR
A respeito de José, fé em meio às injustiças, responda:
· Quem era o pai de José?
Jacó, neto de Abraão.
· Qual o presente que Jacó deu a José e que demonstrava seu favoritismo?
Uma capa colorida.
· O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja?
A revelação dos sonhos de José.
· Quanto os ismaelitas pagaram por José?
O venderam por vinte moedas de prata.
· Faraó nomeou José para que cargo?
Para governador do Egito, o segundo cargo mais importante depois de Faraó.